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CENTENARIO DE JAIME TOMAZ DE AQUINO

O REI DO CAJU

NASCIMENTO

 

Nasceu no dia 26 de março de 1924, no distrito de Saco dos Frades (atual Aquinópoles), na cidade de Jaguaribe.

 

Filho da sertaneja Maria Rufino de Aquino e do agricultor Manoel Rufino de Aquino, teve nove irmãos.

 

 

ADOLESCÊNCIA

 

Aos 15 anos e órfão, ficou sob a tutela do irmão Manoel, residindo em Pereiro.

Em seguida, ficou aos cuidados de Dom José Terceiro de Sousa, então vigário de Pereiro, que o matriculou na Escola Apostólica dos Jesuítas em Baturité.

 

 

EXÉRCITO

 

Aos 18 anos, após ser empregado em uma sorveteria em Fortaleza, Jaime alistou-se no 23º Batalhão de Caçadores, onde permaneceu durante a 2ª Guerra Mundial, sendo licenciado como Ex-combatente.

 

 

INÍCIO DA ATIVIDADE PROFISSIONAL

 

Após servir à Pátria, passou a residir na cidade de Jaguaribe e Recife, desenvolvendo várias atividades, como comerciante, vendedor, representante e agente de polícia.

 

Após ganhar um prêmio de um sorteio, financiou um caminhão na Mesbla e passou a desenvolver a atividade de mascate e com o tempo montou uma pequena frota de caminhões

 

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O INÍCIO DE UM SONHO: CAJU

 

Foi caminhoneiro nas estradas do Nordeste e do Brasil, quando, por acaso, descobriu que levar castanhas de caju do Ceará para São Paulo seria um bom negócio, e começou, então a vender sacas de castanha nas confeitarias e fábricas de chocolates.

 

Então, seguiu na atividade, mas deixando a comercialização de café, açúcar, sabão e veículos para especializar-se exclusivamente no comércio de castanha de caju para todo o país.

A clientela cresceu, e então surgiu a ideia da instalação de uma indústria de beneficiamento de castanha de caju.

 

CONSTITUIÇÃO DA CIONE: MAIOR EXPORTADORA DE CASTANHA E LCC DO PAÍS

 

Em 1962 fundou a Companhia Industrial de Óleos do Nordeste - CIONE, da qual era Diretor-Presidente, que mantinha em média 3.500 funcionários fixos e durante a colheita esse número crescia para quase 6.000 (seis mil) empregos, com uma exportação que atingia a cifra de 14 a 16 milhões de dólares anuais.

 

A CIONE atingiu uma média de 5.800 colaboradores entre fazendas e fábricas.

Até o falecimento de Jaime Aquino, era a indústria de beneficiamento de castanha em atividade mais antiga do Brasil, atuando no ramo de negócios relacionados a Cajucultura (plantio, colheita, beneficiamento e comercialização de castanha de caju, LCC e sucos orgânicos).

 

 

“REI DO CAJU”

 

Processando uma média de 35 mil toneladas de castanha por ano, levou Jaime Aquino a ser conhecido como o “Rei do Caju”, considerado o maior plantador de cajueiros do mundo (cerca de 170 mil hectares).

 

 

MARCA JANGADA

 

Com os investimentos constantes na modernização e qualificação, desenvolveu a marca JANGADA como representante de alta qualidade e garantia de satisfação de seus clientes.

 

 

FAZENDAS DE JAIME AQUINO

 

Além da industrialização da castanha de caju, desenvolvia o cultivo de cajueiros em suas fazendas, denominadas: Fazenda Uruanan, Fazenda Pimenteira, Fazenda Jacaju, Fazenda JK I, Fazenda JK II, Fazenda Santos Dumont e Fazenda Tronco do Ipê, no Ceará; bem como Fazenda Planalto, Fazenda Alvorada, Fazenda Esplanada, Fazenda Serra Nova, e Fazenda São Vicente, no Piauí.

 

As fazendas de Jaime Aquino eram conhecidas por sua organização e moradia diferenciada para os trabalhadores, com casa, creche, escola, igreja, mercado, ambulatório, assistência médica e odontológica, com o custo arcado pelo empresário.

 

 

“CAJU É ALIMENTO”

 

Desde o final de 1980, defendia o aproveitamento do pedúnculo do caju para acabar com a fome. Mais de 14 milhões de quilos eram desperdiçados anualmente, o que era um completo contrassenso em um país que necessitava combater a fome com alimentos nutritivos, como era o caso do caju.

 

Em 2003, Jaime Aquino defendeu o uso do caju nos programas sociais do governo federal e demais estados do País. Na época existia um acentuado desperdício da polpa do caju.

 

Costumava dizer que “nenhuma fruta é mais bela e gostosa do que o caju, dele nada se perde tudo se aproveita”.

 

Promovia recepções para divulgar o aproveitamento da polpa do caju, com cardápio variado com 43 tipos de pratos com caju, que vão do simples pastel ao sofisticado estrogonofe, pizza, omeletes, hamburgueres, moqueca, entre outros.

 

 

PRÊMIOS, MEDALHAS E HOMENAGENS

 

Durante os seus 91 anos, o empresário recebeu inúmeros prêmios, medalhas e homenagens dentre elas: a Sereia de Ouro, em 1980; a Medalha da Abolição, em 1987; Medalha do Mérito Industrial, em 1999; a Medalha e Diploma da Ordem do Mérito Militar, em 2002; o Troféu Soja de Ouro Honorífico, em Barreiras (BA), em 2002, e a Medalha Celso Nunes Mérito Rotário Distrital, em 2004.

 

 

FALECIMENTO

 

Faleceu em 16 de abril de 2015, deixando um legado extraordinário, de um homem a frente do seu tempo que soube se reinventar, implantou uma organização exemplar nas fazendas, sendo um modelo a ser seguido pelo empreendedorismo cearense.

© 2024 by Em memória de Jaime Tomaz de Aquino.

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